segunda-feira, 11 de março de 2013

Xangô Rezado Alto acontecerá no próximo dia 21

A Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), realizará no próximo dia 21 mais uma edição do projeto Xangô Rezado Alto, e pelo segundo ano consecutivo, vem recuperando esse passado que reivindica da população alagoana e dos poderes públicos constituídos, atenção e compromisso para com as causas das populações afrodescendentes. 
 

Este ano o projeto, que conta com o apoio da Fundação Municipal de Ação Cultural,  iniciará suas ações com um Cortejo Cultural e Religioso, com as casas de matriz africana, em 21 de março, Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. “Deslocamos as ações previstas para o dia dois de fevereiro, por questões administrativas e pela proximidade com as prévias carnavalescas, o que tiraria o foco do evento, e em comum acordo com os religiosos decidimos transferir a celebração da memória do ‘Quebra’ para o dia 21 de março, que é outra data significativa e contextualizada com o projeto Xangô Rezado Alto", explicou o reitor da UNEAL, Jairo Campos.





No ano passado, o ano do centenário do 'Quebra', o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, assinou um pedido oficial de perdão do Governo de Alagoas às comunidades de terreiros e a todo o povo de Alagoas pelas atrocidades cometidas em 1º de fevereiro de 1912.

Neste ano, mesmo em uma nova data, haverá o Cortejo sairá pelas ruas do Centro de Maceió, bem como as apresentações artísticas em praça pública, mas também haverá ainda o lançamento do edital 2º Prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades de Terreiros, além do 1º Encontro da Juventude de Comunidades de Terreiro, que acontecerá em Arapiraca (AL), na sede da UNEAL.
Para o evento do dia 21, haverá o cortejo e também os shows, que neste ano acontecerão na Praça Visconde do Sinimbú, e que terá vários grupos alagoanos e dois convidados de fora, mais especificamente de Pernambuco: o cantor Jorge Riba e o grupo de coco Bongar.

Nesta quinta (14) haverá uma reunião geral com os parceiros e religiosos, a partir das 9h, no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural para definir detalhes desta primeira ação do ano.
Jorge Riba
Cantor, compositor, músico, arte educador, produtor cultural e principalmente amante do samba e das artes.
Ariano doido de abril 65, recifense da gema nascido bairro da Boa Vista, criado no Morro da Conceição em Casa Amarela e nas praias de Rio Doce em Olinda, filho de Ogum e Yemanjá, mais de vinte anos de carreira artística, dedicados ao desenvolvimento e reconhecimento da cultura afrodescendente no estado de Pernambuco.
Sócio fundador dos primeiros afoxés de recife ainda na década de 70, sendo um dos primeiros compositores de musicas para essas agremiações. Incentivador da criação de diversos blocos afros durante as décadas de 80 e 90, sendo idealizador de um bloco afro que congregava os outros em uma só saída no início dos desfiles do carnaval de 94.
Sendo filho de Sambista, Sambista tinha de ser, desde menino já se aventurava nas baterias de escolas de samba da periferia de Recife e Olinda, de “Caçarola” na mão desfila pela primeira vez na já extinta “Unidos Da Vila” do mestre Paulo Barraca (falecido) em Rio Doce, daí em diante era só o tempo de se aprimorar.
Levou tempo porém não foi em vão, hoje como membro da Mesa de Samba Autoral de Pernambuco, com mais de trinta composições em seu currículo, “Jorge (Seu) Riba” ou apenas SEU RIBA, o filho de dona Alzira Ribeiro manda ver com composições que falam de auto-afirmação como cidadão afrodescendente e amante incomensurável das belas coisas da vida.

Assim sendo SEU RIBA segue a trilha aberta por grandes nomes do samba tais como; Donga, João da Baiana, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, Gilson de Souza…
e defendida hoje em dia por D. Ivone Lara, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Almir Guineto entre tantos outros. Sempre consciente de que, o trabalho só é valido se o produto final servir a todos.

O Projeto O Fino do Samba

"O patrimônio cultural que herdamos dos nossos ancestrais é a referencia mais profunda da nossa história e da nossa memória. (…) É dentro dessa diversidade cultural que se caracteriza a alma nacional, que podemos afirmar o SAMBA como uma das matrizes fundamentais da musicalidade e da cultura brasileira.”

O Projeto “O fino do Samba” é a mais pura roda de samba de raiz.
Através deste trabalho, o compositor e intérprete Jorge (Seu) Riba faz uma viagem ao tempo, contando a História do Samba através dos seus Grandes Clássicos, trazendo para a juventude a beleza da construção musical deste Gênero.
Convidando Grandes Sambistas, seus amigos, ele busca valorizar o nosso Samba de Raiz, que atravessou décadas e continua emocionando gerações.
O Fino do Samba nasceu em outubro de 2005, quando Jorge (Seu) Riba resolveu assumir o projeto de samba do Bar do Biu, na Galeria Joana D’Arc – Pina, às sextas feiras e aos Domingos no Bar Pitombeira, em Olinda. Passando pelo Xim Xim da Baiana e chegando ao Projeto Só o Samba Salva do Bloco Acorda pra tomar Gagáu, O Fino do Samba vem já há mais de um ano entusiasmando multidões, que tornam-se seu público fiel e comparecem durante todo o período de apresentação.
Este não precisa de palcos e holofotes. Quatro mesas e seis cadeiras na representação de um tradicional botequim são o suficiente para que a “gréia” seja iniciada e para que numa séria brincadeira os sambas, suas estórias e sua História, venham surgindo e desafiando os mais antigos a relembrarem os sambas de outrora.

 
 
 

Bongar




O Bongar é composto por seis jovens integrantes do terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. O grupo foi fundado em 2001, com o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos, no dia 29 de junho. O grupo Bongar tem um trabalho voltado para preservação e divulgação da cultura pernambucana. A formação musical dos integrantes tem origem no universo popular, especificamente da comunidade religiosa Xambá. O Bongar mostra em suas apresentações toda a musicalidade do Coco da Xambá, uma vertente desse ritmo tão presente no Nordeste do Brasil, além de ciranda, maracatu, candomblé, entre outros ritmos da cultura de raízes. O Bongar também realiza oficinas de percussão e dança popular, confecção de instrumentos, aulas-espetáculos e palestras. O público, através do show do Bongar terá a oportunidade de conhecer, não só a música e a dança deste coco tão peculiar, mas compreender a formação histórica e cultural desta Nação. O Bongar tem uma musicalidade muito forte de diversas influências musicais, vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá. Os integrantes do grupo herdaram toda essa musicalidade desde a infância, ouvindo os mais velhos e aprendendo com eles os toques, as loas e as danças, durante as festas da Casa Xambá.

O Bongar tem uma musicalidade muito forte de diversas influências musicais, vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá. Os integrantes do grupo herdaram toda essa musicalidade desde a infância, ouvindo os mais velhos e aprendendo com eles os toques, as loas e as danças, durante as festas da Casa Xambá.

 
Os integrantes do grupo herdaram toda essa musicalidade desde a infância, ouvindo os mais velhos e aprendendo com eles os toques, as loas e as danças, durante as festas da Casa Xambá.
 
Programação do Dia 21 de março
 
14h- Concentração na Praça Dom Pedro II (Assembleia)
15h- Saída do cortejo em direção à Praça Visconde de Sinimbú
16h- Chegada à Praça Visconde de Sinimbú
16:30h- Solenidade oficial
Apresentações artísticas
17h- Afoxé Ofá Omim
17:30h- Apresentação artística do Projeto Inaê
18h- Gifá Lomim
18:30h- Coletivo AfroCaeté
19h- Afoxé Odô Iyá
19h- Grupo de Coco Bongar (PE)
20:45h- Acorte de Airá
21:30h- Jorge Riba (PE)
 
Informações: (82) 3315-7892 / 9971-4281
projetoxango@gmail.com
xangorezadoalto.blogspot.com.br

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