quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Xangô Rezado Alto - confirmada sua segunda edição

Em reunião realizada nesta quarta (09) com representantes das comunidades e terreiros, a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) anunciou que está confirmada a segunda edição do projeto Xangô Rezado Alto, que no ano passado celebrou a memória do centenário do conhecido "Quebra de Xangôs" ou "Quebra de 1912", quando todas as casas de matriz africana foram destruídas por uma milícia armada.

A reunião aconteceu no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), que este ano será uma das parceiras do projeto e marcou a "passagem de bastão" para o novo Diretor do projeto, já Vinícius Palmeira, que antes exercia esta função, afastou-se do projeto por ter assumido cargo de Presidente da FMAC. O novo diretor é Julien Costa, ator, diretor de teatro, integrante da Cia de Teatro da Meia-noite e arte-educador.


O Reitor da UNEAL, Jairo Campos, explicou aos presentes que mesmo com o momento difícil por que passa a UNEAL, estando em greve, o projeto será realizado em duas etapas: uma agora em 1º de fevereiro, com o Cortejo pelo centro de Maceió e shows na Praça Sinimbú, e em abril, com Seminário que tratará sobre o tema que envolve a Juventude e o movimento negro. Além disso, foi anunciado que será lançado, posteriormente, o II Edital de Premiação a projetos culturais de Comunidades de Terreiros, que este ano ampliou o número de projetos, de 02 para 05, e a premiação em si, de R$ 6 mil, para R$ 10 mil.

O cortejo se concentrará na Praça da Assembleia, no Centro, e depois percorrerá as ruas até a Praça Sinimbú, onde será armado um palco para apresentações artísticas. "A escolha pela mudança, da Praça dos Martírios, como foi no ano passado, para a Praça Sinimbú, foi justamente porque neste ano o "Xangô" acontecerá no mesmo dia do Jaraguá Folia, e não gostaríamos de dividir públicos, mesmo porque a Praça Simbú tem uma importância para as casas de axé, pois ali residia e onde ficava a casa de Tia Marcelina, Ialorixá liderança que faleceu logo após "o quebra", a princípio por causa de ferimentos causados pela violência da ação", explicou o Reitor Jairo Campos.

Na mesma reunião a equipe da FMAC anunciou que há editais abertos pelo Ministério da Cultura e Biblioteca Nacional, voltados para o movimento negro. "Como esses editais já estão abertos, podemos articular a realização de oficinas de capacitação para elaborações de projetos para estes editais, desta forma esperamos que as casas de axé estejam aptas a concorrer e pé de igualdade com projetos de outros estados do país", declarou Vinícius Palmeira, Presidente da FMAC.

Já houve um contato da FMAC com o Ministério da Cultura sobre essa oficina e em breve serão anunciadas novidades a respeito. 



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