segunda-feira, 7 de maio de 2012

Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas acontecerá na próxima semana

Congresso será realizado de 16 a 18 de maio de 2012, 
no Clube Levino´s, em Arapiraca (AL)


A Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) estará promovendo mais uma ação do projeto Xangô Rezado Alto, criado para celebrar a memória do centenário do episódio conhecido por "Quebra de Xangôs de 1912", ocorrido em Maceió. 

Desta vez, a UNEAL realizará o Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas, que acontecerá na cidade de Arapiraca, sede da instituição, entre os dias 16 e 18 de maio, no Clube Levino´s, conforme programação a seguir, trazendo palestrantes de Pernambuco, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, além de mediadores e palestrantes de Alagoas, que discutirão temas como: O Quebra dos Xangôs de 1912; Movimentos de Resistência Negra; Formação Histórica das Religiões Afro Brasileiras, e Contextos e Nações Afro-Religiosas.

As inscrições para o Congresso são gratuitas e podem ser feitas pelo blog: xangorezadoalto.blogspot.com, até a meia-noite do dia 13 de maio e depois disso, podem ser feitas no primeiro dia do Congresso, em Arapiraca.

Serão disponibilizadas 300 inscrições assim divididas:
-60 para Comunidades Terreiros de Maceió (sendo duas vagas por terreiro)
-60 para Comunidades Terreiros de Arapiraca e adjacências
-80 para professores e alunos da UNEAL
-80 para professores e alunos da UFAL
-20 para convidados

O projeto Xangô Rezado Alto teve dois momentos até agora: as ações ocorridas nos dias 01 e 02 de fevereiro, datas do quebra, propriamente dito, quando foi realizado um grande cortejo pelas rua do centro de Maceió e diversas apresentações artísticas, além do pedido oficial de perdão feito pelo Governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, em nome do Estado, às comunidades terreiro de Maceió pelas atrocidades cometidas há cem anos. E, mais recentemente, o evento realizado no último fim de semana, quando aconteceu o lançamento da Cartilha da Gira da Tradição, uma pesquisa sobre os saberes tradicionais utilizados e reproduzidos, de acordo com o pertencimento às diferentes linhagens étnicas com as quais se identificam  - Ioruba, Gêge, Nagô, Ketu, Angola entre outras e intercâmbio de saberes entre as diferentes linhagens religiosas; o vídeo Gira da Tradição, que ilustra o pensamento das pessoas que fazem a manutenção da memória e do desenvolvimento das casas religiosas de matriz africana em Maceió; e o número especial da Revista Graciliano, editado pela Imprensa Oficial, que tratará de diversos aspectos do "Quebra de 1912".

Além disso, foi apresentado o espetáculo “1912: Orações e Vozes”, da Cia. de Dança Maria Emília Clark, no qual os bailarinos contextualizam o estigma da intolerância religiosa aos Orixás, Voduns e Inquices; a história da rota da escravidão em Alagoas e suas repercussões na atualidade. O espetáculo emocionou e arrancou aplausos da plateia de pé.

A noite teve como grande destaque a entrega da premiação do I Prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades Terreiros, que premiou com R$ 6.000,00 (seis mil reais), cada, a dois projetos:

- Tambores de Minha Terra, da Associação Cultural Tambores de Alagoas, que tem a Orquestra de Tambores como um de seus projeto mais reconhecidos;

- Maracatu nas Escolas, da associação Hùnkpàmé Alàirá Izó, do já reconhecido Pai Elias de Airá.

A entrega dos prêmios foi feita pelo Reitor e vice-reitor da UNEAL, Jairo Campos e Clébio Araújo, respectivamente.

Programação 


Quarta - 16 de maio



Memorial da Mulher Ceci Cunha - Parque Ceci Cunha
19h - Abertura da exposição "Presença Negra em Alagoas", cenografada por Agélio Novaes, com curadoria de Fernando Gomes

Clube Levino´s

14 às 18h – Credenciamento dos Congressistas
20h – Solenidade de abertura do Congresso
20:30h – Palestra Magna com o Prof. Lepê Correia (UFPE)
22h – Programação Cultural

Quinta, 17 de maio
9 às 11h – 1º Tema: O Quebra dos Xangôs de 1912
Palestrantes:
Ulisses Neves – UFS (SE)
Yvonne Maggie - UFRJ (RJ)
Fernando Gomes de Andrade – Instituto Histórico eGeográfico de Alagoas
Mediadora: Rachel Rocha Barros - UFAL
11h às 12h – Debate com a assembleia
12h às 14h – Almoço
14h às 16h - 2º Tema: Movimentos de Resistência Negra
Palestrantes: Luiz Sávio de Almeida - UFAL
Martha Rosa Figueira Queiróz - UNB
Edson Bezerra - UNEAL
Mediadora: Maria Ester Ferreira da Silva - UFAL
Sexta, 18 de maio
9 às 11h – 3º Tema: Formação Histórica das Religiões Afro Brasileiras
Palestrantes: Yvonne Maggie - UFRJ (RJ)
Irinéia M. Franco dos Santos - UFAL
Mediador: Clébio Correia de Araújo - Uneal
11h às 12h – Debate com a assembleia
12h às 14h – Almoço
14h às 16h - 4º Tema: Contextos e Nações Afro-Religiosas
Palestrantes: Olusegun Akinruli – UFMG/Instituto de Arte e Cultura Yorùbá
Josilene Brandão - Minc
Makota Valdina (BA)
Célio de Iemanjá
Mediador: Jairo José Campos da Costa - Uneal
16h às 17h – Debate com a assembleia



Currículos resumidos

Ulisses Neves Rafael
Professor Associado da Universidade Federal de Sergipe. Possui Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (1989), Mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1997) e Doutorado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Realizou Estágio de Pós-Doutorado no Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas (NECCURB) do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Atualmente é coordenador do Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Antropologia da Universidade Federal de Sergipe e membro da Câmara de Assesoramento Técnico da FAPITEC/SE.

Yvonne Maggie
Graduada em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Especializou-se em Antropologia Urbana e das Sociedades Complexas na Universidade do Texas, em Austin (1971). É mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (1974). É doutora em Antropologia Social pelo Program de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988). Professora titular do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ de 1994 a 1997 e Diretora da Editora UFRJ de 1998 a 2002. Foi agraciada com o prêmio Arquivo Nacional e o prêmio Érico Vannucci Mendes SBPC/CNPq em 2001 e o Troféu Caboclo pela Assembléia Legislativa do Amazonas e a Associação dos Caboclos da Amazônia em 2007. Entre seus trabalhos, os mais importantes são Guerra de orixá: um estudo de ritual e conflito, Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil, Raça como retórica, junto com Claudia Barcelos Rezende e junto com Peter Fry, Ricardo Ventura Santos, Marcos Chor Maio e Simone Monteiro, Divisões perigosas. Coordena pesquisa sobre culturas de gestão na educação do Rio de Janeiro. Atua na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, Antropologia da Religião e Teoria Antropológica Agraciada em 2008 com a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico do Governo do Brasil.

Rachel Rocha de Almeida Barros
É doutora em Antropologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, 2007) de Paris, França, mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 1994) e bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL, 1986). É professora efetiva do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UFAL, onde dá aulas de antropologia, realiza atividades de pesquisas e de extensão, coordena o Laboratório da Cidade e do Contemporâneo (LACC) e, atualmente, dirige o ICS. Sua principal área de interesse é a Antropologia do Contemporâneo; nesta perspectiva, trabalha com Memória e Identidade Cultural, Patrimônio Imaterial e Cultura Afro-Brasileira. Incluem-se nesse rol de interesses e de atuação as áreas da História e da Cultura de Alagoas. Desde 2009, vem realizando traduções (do francês para o português) de obras na área das Ciências Sociais junto à Editora da Universidade Federal de Alagoas.

Luiz Sávio de Almeida
Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Alagoas (1965), mestrado em Educação - Michigan State University (1973) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1995). Atualmente é adjunto da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Regional do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história nordeste índio, história nordeste política, história nordeste política, história saúde e história política nordeste.

José Bento Rosa da Silva
Possui graduação em História pelo Fundação do Pólo Regional do Vale do Itajaí (1985) , especialização em História pelo Fundação Educacional Severino Sombra (1986) , especialização em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1988) , mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2001) . Atualmente é Professor Adjunto 2 da Universidade Federal de Pernambuco e Membro de corpo editorial da www.mariasepedros.com. Tem experiência na área de História , com ênfase em História da África. Atuando principalmente nos seguintes temas: Memória, História, Cultura. 

Clébio Correia de Araújo
Possui graduação em História, mestrado e é doutorando em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (2005). Atualmente é Vice-Reitor da Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL, onde atua como Professor Assistente pelo curso de História e coordena o NEAB - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros. Entre 2005 e 2008, atuou como assessor especial da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió, sendo responsável pela organização das pré-conferências e da I Conferência Municipal de cultura. Atuou diretamente na implementação de ações de valorização da cultura afro-brasileira, como a I Semana da Presença Negra em Maceió, o Blocão Afro Tia Marcelina e as celebrações em Memória do Quebra dos Terreiros de Candomblé de 1912.Ministra cursos, seminários e palestras sobre as temáticas educação e multiculturalismo e cultura popular, além de escrever e publicar artigos e ensaios sobre esses temas.

Jairo José Campos da Costa
Mestre em Letras pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, licenciado em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN. Exerceu a função de Secretário Municipal da Educação, da Cultura e dos Desportos do município de Francisco Dantas-RN, entre o período de 2001 a 2003. Exerceu a função de Coordenador do Curso de Letras/CAMPUS V/UNEAL, entre o período de 2004 a 2005. Exerceu a função de diretor do CAMPUS V/UNEAL, entre o período de 2006 a outubro de 2010. Atualmente é professor Assistente de Literatura Brasileira e Teoria da Literatura do Campus V da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL, União dos Palmares-AL, afastado de suas atividades docentes depois de ter assumido a reitoria da mesma Universidade em 14 de outubro de 2010. Tem experiência na área de Gestão Educacional e na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando, principalmente. nos seguintes temas: literatura brasileira, teoria da literatura e literatura e ensino. Coordena o Núcleo de Pesquisa em Literatura-NUPEL, cadastrado pelo CNPq cujo objetivo é realizar oficinas de leitura literária, preferencialmente narrativas, a partir da contribuição teórica dos estudos de Literatura e Sociedade X Literatura e Ensino.

Maria Ester Ferreira da Silva
Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2004) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2010). Atualmente é professora assistente da Universidade Federal de Alagoas, lotada no Campus Arapiraca-Unidade Academica de Palmeira dos Índios. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geo-história, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia, história, geografia, nordeste, povos indígenas e quilombolas, território, memória, demarcação de terras,semiárido, desterritorialização, e desenvolvimento rural. 

Um comentário:

  1. oi, meu nome é rodrigo e queria saber se as inscrições ja estavam todas completas, caso contrario se elas poderiam ser estendidas...
    obrigado...

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