quarta-feira, 16 de maio de 2012

Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas foi aberto nesta quarta‏



A noite desta quarta-feira reservou à cidade de Arapiraca dois grandes eventos realizados pela Universidade Estadual de Alagoas, através do projeto Xangô Rezado Alto, que celebra a memória do conhecido episódio “Quebra de Xangôs de 1912”. A programação teve início com apresentação da Orquestra de Tambores de Alagoas que deu início a abertura da exposição “Presença Negra em Alagoas”, que contou com a curadoria do pesquisador Fernando Gomes, do Instituto Histórico e Geográfico  de Alagoas e cenografada pelo artista plástico Agélio Novaes. Em seguida foi aberto oficialmente o I Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas que contou com a presença de pesquisadores, acadêmicos, estudantes, Babalorixás e Ialorixás, além de curiosos pelo tema.

 
Presença Negra em Alagoas

A exposição “Presença Negra em Alagoas” foi aberta com apresentação da Orquestra de Tambores de Alagoas que fez um breve show na praça sobre o Memorial da Mulher Ceci Cunha, que abrigará a exposição até o próximo dia 16 de junho. O Reitor da UNEAL, prof. Jairo Campos, destacou, na abertura,  o importante papel que a universidade vem desempenhando através do projeto Xangô Rezado Alto, na afirmação e recuperação da história do negro na sociedade alagoana. Já o Vice-reitor,  Clébio Araújo, relembrou as dificuldades de desenvolver um projeto como este, com toda a burocracia e as dificuldades inerentes a um projeto desenvolvido por uma instituição pública.

Doté Elias de Airá parabenizou o cenógrafo Agélio Novaes pela exposição, impressão dividida pelos outros líderes e membros de comunidades terreiros. “Foi um prazer o trabalho com Fernando Gomes, pois esse é um tema riquíssimo e tentamos passar todas as emoções que o assunto requer e causa em cada um de nós”, explicou Novaes.
 
Na exposição, o visitante se vê banhado por sensações diversas como sons de atabaques e músicas temáticas e um vaporizador que enche o ambiente interno com essências, como alfazema e pode ver imagens do evento realizado no dia 01 de fevereiro em Maceió, quando realizou-se um grande cortejo de integrantes de casas de axé de Maceió, e lê textos que narram um pouco da história do negro em nosso estado, como um mapa que mostra como a cidade de Maceió era essencialmente formado por comunidades negras no início do século XX, antes da ocorrência do “Quebra”. Tudo isso em grandes painéis instalado em circunferência com os lados de dentro e de fora preenchidos.


O congresso


Após a abertura da exposição, foi realizada a abertura oficial do Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas, no Clube Levino´s, que contou com a participação da representante do Ministério da Cultura, Josilene Brandão da Costa; da Vice-Presidente da Federação Zeladora das religiões Tradicionais Afrobrasileiras em Alagoas (FRETAB) e a mais antiga das Ialorixás de Maceió, Mirian Araújo; Vice-reitora da UFAL, Rachel Rocha; do Reitor e vice-reitor da UNEAL, Jairo Campos e Clébio Araújo, respectivamente; do Vice-reitor do CESMAC, Douglas Apratto, do Diretor Geral do Projeto Xangô Rezado Alto, Vinícius Palmeira, e da Secretária da Secretaria de Estado da Cidadania, Mulher e Direitos Humanos, Kátia Born. Todos louvaram a ação da UNEAL e suas parcerias, ressaltando o momento histórico por que passa o estado de Alagoas com a valorização da cultura afro brasileira.

Segundo o Reitor da UNEAL, Jairo campos: “A UNEAL vem se dedicando, através do projeto xangô Rezado Alto, a recuperar a história do negro em Alagoas, fazendo justiça às suas riquezas culturais, que tanto influenciaram a nossa concepção de alagoano, estreitando os laços com a população marginalizada, das chamadas minorias sociais, voltando a elas um olhar da academia, mas sem esquecer da visão humanista”, concluiu.






Fechando a programação da primeira noite do congresso, houve a palestra do pernambucano Severino Lepê Correia, Psicólogo, Jornalista, Professor, Poeta e Escritor,  Aborisá, Músico, Pós-Graduado em História, Mestre em Literatura e Interculturalidade, que fez uma palestra de abertura como muita interatividade, convidando a todos a refletirem sobre o papel da ancestralidade negra do brasileiro e como isso se dá em nossa sociedade e teve o título: Ritos Ancestrais de Matriz Africana e a Formação da Sociedade Brasileira.
O Congresso prossegue nesta quinta e sexta, conforme programação abaixo:

Quinta, 17 de maio

9 às 11h – 1º Tema: O Quebra dos Xangôs de 1912


Palestrantes:

Ulisses Neves – UFS (SE)

Yvonne Maggie - UFRJ (RJ)

Fernando Gomes de Andrade – Instituto Histórico e  Geográfico de Alagoas

Mediadora: Rachel Rocha Barros - UFAL

11h às 12h – Debate com a assembleia

12h às 14h – Almoço

14h às 16h - 2º Tema: Movimentos de Resistência Negra                      

Palestrantes: Luiz Sávio de Almeida - UFAL

Martha Rosa Figueira Queiróz - UNB

Edson Bezerra - UNEAL

Mediadora: Maria Ester Ferreira da Silva - UFAL



Sexta, 18 de maio

9 às 11h – 3º Tema: Formação Histórica das Religiões Afro Brasileiras

Palestrantes: Yvonne Maggie - UFRJ (RJ)

Irinéia M. Franco dos Santos - UFAL

Mediador: Clébio Correia de Araújo - Uneal

11h às 12h – Debate com a assembleia

12h às 14h – Almoço

14h às 16h - 4º Tema: Contextos e Nações Afro-Religiosas                      

Palestrantes: Olusegun Akinruli – UFMG/Instituto de Arte e Cultura Yorùbá

Josilene Brandão - Minc

Makota Valdina (BA)

Célio de Iemanjá

Mediador: Jairo José Campos da Costa - Uneal

16h às 17h – Debate com a assembleia

18h – Encerramento e programação cultural

Mais informações:

Blog: xangorezadoalto.blogspot.com

www.uneal.edu.br

Pelo e-mail: projetoxango@gmail.com

Um comentário:

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